Por: Vanessa Ferreira
A GOTMINK orgulha-se em pertencer ao grupo de empresas que apostam no recrutamento e liderança inclusiva.
E o que é liderança inclusiva?
Dito de forma simples, a liderança inclusiva é baseada num conjunto de ações que asseguram o tratamento humano imparcial para todos os colaboradores.
Dessa forma, as equipas são lideradas por profissionais que as respeitam, valorizam, ouvem as suas opiniões, bem como a construção de fortes vínculos de confiança e comunicação.
Quando essa prática se consolida na empresa, os colaboradores sentem que são importantes para o negócio. Sendo assim, elimina-se qualquer tendência ou aparência de um tipo de segregação que seria o tratamento diferenciado de acordo com perfil do profissional, ou seja, dando mais vantagens para uns do que para outros.
Qual é a importância e para que serve a liderança inclusiva?
Um estudo feito pela Deloitte e publicado no artigo “The six signature traits of inclusive leadership”, mostra que um líder inclusivo precisa incentivar os colaboradores para que entreguem o seu potencial no trabalho coletivo. Para isso, é necessário dar formação, desenvolver, acompanhar e dar autonomia para os seus colaboradores.
Desse modo, as equipas serão compostas por profissionais com competências distintas, mas que se complementam para a entrega de resultados expressivos. Além disso, a liderança inclusiva “derruba” preconceitos que impedem a contratação de pessoas por causa da cor, género etc. – algo que poderá levar a empresa a perder grandes talentos.
E quais são as principais características de líderes inclusivos?
Para que um líder seja considerado inclusivo, é necessário que tenha algumas características importantes, tais como:
- Colaboração: a capacidade de olhar para o outro como um parceiro e não como um adversário. Dessa forma, o líder vai considerar importante criar autonomia em cada colaborador, respeitar a diversidade de pensamento e priorizar a união da equipa;
- Empatia: qualidade de tentar se colocar no lugar do outro para entender as suas dificuldades e necessidades. Um líder com essa característica ouve e aceita a opinião dos colaboradores;
- Humildade: tendência de não se colocar acima dos outros e admitir os seus erros pessoais. Essa qualidade promove um ambiente leve no qual os colaboradores não têm receio de procurar ajuda ou expor as suas opiniões;
- Lealdade: o líder leal apoia e incentiva a equipa nas vitórias e também nas suas derrotas. Dessa forma, os profissionais sentem-se comprometidos e motivados em dar o melhor de si em todos os projetos;
- Observação: é importante que o líder demonstre interesse na equipa, com o objetivo de identificar pontos fortes e fracos. Com isso, é possível premiá-los ou ajudá-los a alcançar todo o seu potencial.
E qual é o papel do RH para promover a inclusão no trabalho?
O RH é responsável pela gestão de pessoas. Por isso, é um dos Departamentos mais importantes para a promoção de uma liderança inclusiva na empresa.
Nesse sentido, para que essa seja a realidade interna, o RH precisa adotar estratégias que impactem diretamente na cultura do negócio, transformando o pensamento coletivo.
O exemplo de algumas ações que poderão ser implementadas na organização:
- Acessibilidade: infraestrutura física adequada para profissionais com necessidades especiais;
- Combate à discriminação: garantir que todos os colaboradores tenham acesso a plano de carreira, Formação adequada, incentivos ou prémios, independentemente do perfil individual;
- Processo de recrutamento e seleção: abrir oportunidades para profissionais de diferentes raças, géneros, faixas etárias, com ou sem experiencia, formação noutra área distinta etc;
- Promoção da cultura da inclusão: criar eventos, workshops, campanhas e ações diárias que mostram o respeito que a empresa tem pela diversidade;
- Acompanhamento do processo de inclusão: os gestores devem-se preocupar com a efetivação das estratégias de inclusão, observando se os efeitos estão a ser alcançados pelos colaboradores e os processos realizados com sucesso.
Como implementar a liderança inclusiva na sua equipa?
Quando os líderes se tornam inclusivos, a tendência é que as equipas comecem a imitar o seu exemplo. Porém, para potencializar essa prática, o RH pode implementar as seguintes ações:
- Desenvolvimento de soft skills: as formações podem incluir atividades que promovam, por exemplo, o espírito colaborativo de todos os profissionais;
- Feedbacks reversos: os líderes precisam de ouvir as equipas para compreender até que ponto eles aceitam ou não a inclusão. O objetivo é ajudá-los a mudar comportamentos e atitudes preconceituosas;
- Cultura da empresa: fazer com que todos os colaboradores tenham uma linha condutora com a identidade do negócio por meio de ações de inclusão;
- Processo de inclusão desde a contratação: todos os envolvidos no processo seletivo devem ter um pensamento inclusivo. Quando um profissional é contratado, o RH deverá auxiliar no processo de admissão e ingresso no ambiente interno.
Para concluir, sem dúvida que a liderança inclusiva é o caminho para o sucesso de qualquer empresa. Na verdade, as organizações que se posicionam como inclusivas estão com o olhar no futuro.
Afinal de contas, a tendência é que a sociedade humana continue a se diversificar ao passo que as pessoas assumam suas individualidades.